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Igrejas são ambientes com um dos maiores riscos de transmissão da covid, diz estudo

Do Estadão:

Culto em igreja. Foto: Reprodução

Estudos científicos no exterior já indicaram riscos de proliferação do novo coronavírus com a realização de missas e cultos presenciais. Segundo cientistas, esses eventos reúnem fatores que propiciam a transmissão da covid-19, como reunir grande quantidade de pessoas em espaços fechados ou promover atividades que aumentam a chance de espalhamento do vírus, em que os frequentadores falam alto e cantam.

Por isso, as cerimônias podem estar ligadas ao surgimento de surtos. Uma pesquisa da Universidade de Stanford (EUA), por exemplo, coloca igrejas na frente de mercados e consultórios médicos como ambientes de mais risco.

Apesar de o Brasil estar no pico da pandemia, com sucessivos recordes diários de morte e hospitais superlotados, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques decidiu no sábado, 3, autorizar celebrações religiosas presenciais no País.

A medida, em decisão monocrática, foi alvo de críticas de colegas e de prefeitos. Já o ministro Gilmar Mendes negou pedido semelhante para reabrir igrejas e agora o tema deve ser discutido no plenário na próxima quarta-feira, 7.

Nunes Marques tomou a decisão em ação movida pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), que aponta violação à liberdade religiosa e ao princípio da laicidade estatal. O ministro determinou, ainda, que sejam aplicados protocolos sanitários, limitando a presença a 25% da capacidade do público nos templos.

(…) Pela projeção, igrejas e templos aparecem em 6º lugar em grau de risco — na frente de consultórios médicos (7º) e mercados (8º) e atrás de restaurantes (1º), academias (2º), hotéis e motéis (3º), bares e cafés (4º) e lanchonetes (5º). Para os cientistas, o controle do vírus seria mais eficiente se as medidas de restrições fossem direcionadas a esses locais.

(…)