Implante contraceptivo para mulheres passa a ser oferecido no SUS, anuncia Padilha

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou, nesta quarta-feira, a inclusão do implante contraceptivo subdérmico Implanon na rede pública de saúde. Segundo o ministro Alexandre Padilha, o método estará disponível para todas as mulheres em idade fértil (até 49 anos) a partir do segundo semestre de 2024. Atualmente, o SUS já oferece o dispositivo apenas para grupos específicos, como mulheres com HIV/AIDS e trabalhadoras do sexo.
“Vamos orientar as equipes, fazer a compra e preparar as Unidades Básicas de Saúde para iniciar a distribuição ainda este ano”, afirmou Padilha. O Ministério da Saúde planeja distribuir 500 mil unidades em 2024 e 1,8 milhão até 2026, com investimento total de R$ 245 milhões. Na rede privada, o Implanon custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
O implante, um bastão de 4 cm inserido sob a pele do braço, libera gradualmente o hormônio etonogestrel, que impede a ovulação e dificulta a passagem de espermatozoides. Com duração de até três anos, o método é considerado um dos mais eficazes, com taxa de falha inferior a 1%.
A portaria que oficializa a incorporação será publicada nos próximos dias, dando início ao processo de capacitação de profissionais e distribuição do contraceptivo.