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“Esmagadora para Moro, conclusão da ONU expõe impunidade brasileira”, diz Janio de Freitas

Deltan Dallagnol e Sergio Moro
Deltan Dallagnol e Sergio Moro.
Foto: EDUARDO MATYSIAK / FUTURA PRESS / ESTADÃO CONTEÚDO

O jornalista utilizou sua coluna na Folha, nesta sábado (30), para comentar a conclusão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, divulgado oficialmente nesta quinta-feira (28). A decisão aponta que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial no julgamento dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato. Confira principais trechos abaixo:

“A conclusão dos seis anos de exame, na ONU, dos processos contra o ex-presidente Lula é esmagadora para Sergio Moro, mas seu alcance não cessa na condenação moral desse ocupante ilegítimo de uma cadeira de juiz.

Moro e Deltan Dallagnol, também objeto da condenação moral, sem poderosos coadjuvantes não conseguiriam subverter algo tão relevante como é o processo de eleição de um presidente da República.

Não receberem menção direta da ONU não é excluir da condenação moral esses coautores. Outros dos muitos sentidos implícitos, mas não obscuros, na conclusão das duas dezenas de autoridades internacionais do Comitê de Direitos Humanos da ONU é a grande impunidade brasileira. (…)

O TRF-4 e os que lá reviram sem rever as transgressões e malandragens de Moro têm lugar destacado na condenação moral. O Conselho Nacional de Justiça não quis perceber irregularidade alguma nos procedimentos de Moro. (…)

Os desvios de conduta judicial e pessoal estavam até na imprensa, apesar de tão discretos quanto possível. Eram inúmeros juristas e advogados sempre prestigiados pelo jornalismo a advertir, sem descanso, para a ocorrência de cada perversão praticada por Moro e por Deltan Dallagnol. Em vão. (…)

Mas esta impunidade primária só existe como decorrência da impunidade que, entre tantos, beneficia Moro, Dallagnol e muitos atingidos pela conclusão da ONU. Sintam-se como são: condenados morais pelo mundo.

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