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Indígena preso não representa os Xavantes e é financiado por ruralistas, dizem lideranças

José Acácio Serere, preso por terrorismo. Foto: Reprodução

Segundo líderes Xavante, José Acácio Serere não representa o povo da etnia e nem as reivindicações que defendem. Eles afirmam que o indígena preso por terrorismo foi financiado por fazendeiros e empresários de Mato Grosso. A informação é da Folha de S.Paulo.

Eles apontam que Serere é tratado equivocadamente como cacique por bolsonaristas e usa da imagem dos xavantes com má-fé.

“Nossa indignação é com os financiadores da participação de Serere nesses atos. Os financiadores são fazendeiros e empresários, que colocam o indígena na frente para representar essa insatisfação com o resultado das urnas”, diz Lúcio Xavante, presidente interino da Coordenação Geral Indígena do povo. Serere é conhecido por defender o uso das terras da etnia para o plantio de soja com empresários do agronegócio.

São mais de 23 mil xavantes em Mato Grosso, que estão separados em nove terras indígenas em 14 cidades do estado. Serere é de Parabubure, onde vivem 3.800 membros do povo e ele não é cacique do território, segundo líderes locais.

O indígena foi detido nesta segunda (12) temporariamente por determinação de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O bolsonarista já foi preso, em 2008, por tráfico de drogas.

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