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Infectologistas dizem que coronavírus deve se espalhar pelo país, mas não há motivo para pânico

Coronavírus. Foto: AFP

Do UOL:

A propagação de casos de contaminação pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) dificilmente será contida no Brasil, mas esse cenário não deve ser sinônimo de uma catástrofe e nem de que haja motivo para pânico. A avaliação é de médicas infectologistas consultadas pelo UOL.

O Ministério da Saúde confirmou, na manhã de hoje, o primeiro caso de coronavírus no país: trata-se de um homem que esteve na Itália e está em São Paulo em isolamento domiciliar. Até o momento, o Brasil tem 20 casos suspeitos do novo coronavírus —ao menos 12 deles são pessoas que vieram da Itália, que viu o número de contaminações pelo SARS-CoV-2 disparar nos últimos dias.(…)

Rosana Richtmann, médica infectologista do Instituto Emílio Ribas, destaca que ainda há muitas perguntas sem resposta sobre o coronavírus: “por exemplo, por quanto tempo antes de você estar doente ele pode ser transmitido? Pessoas assintomáticas podem transmitir o vírus?”.

Segundo ela, a alta transmissibilidade do vírus, as características do país —com cidades com alta densidade populacional, como é o caso de São Paulo— e a falta de informação com relação às dinâmicas de transmissão do novo coronavírus devem contribuir para que o Brasil tenha um maior número de casos da doença. Pode ser difícil [conter a propagação do coronavírus], mas deixo claro: isso não quer dizer uma catástrofe.

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