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Inflação no Brasil sob Bolsonaro vai fechar ano maior que a de 83% dos países

Gráfico e nota de 50 reais
Inflação

Do g1

A inflação é um problema global – mas não é igual no mundo todo. No Brasil, ela deve encerrar o ano maior que a de 83% dos países, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Os dados utilizados pelo estudo do Ibre foram colhidos do último relatório “World Economic Outlook”, elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e divulgado na semana passada – e que alertou para os riscos da alta generalizada de preços.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem afirmado que a alta da inflação é um fenômeno global, e que o Brasil não estaria fora do ‘padrão’.

“Países que tinham zero [de inflação], agora estão em 4%, 5%. Países que tinham 4%, 5%, agora estão em 8%, 9%. Isso acontece, mas tem de haver resposta política”, afirmou ele no início deste mês. (…)

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Inflação fecha em 1,16% em setembro e atinge 10,25% nos últimos 12 meses

A inflação oficial de setembro ficou em 1,16%, segundo o cálculo no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com o valor, a taxa totalizou 10,25% em 12 meses. Os dados foram divulgados nesta sexta pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Conforme previsto, é a maior taxa de setembro desde o início do Plano Real, em 1994. No ano em questão, o índice foi de 1,53%. O total, de 10,25% também atinge a pior taxa anual desde fevereiro de 2016, quando ficou em 10,36%. No ano, o IPCA acumula alta de 6,9%.

O resultado ficou abaixo do esperado, apesar da escalada. A mediana das projeções previa avanço de 1,25%. O intervalo de 38 instituições financeiras ia de 1,13% a 1,42%.