Apoie o DCM

Inflação dos alimentos sobe 9,75% e afeta principalmente os mais pobres

Do ESTADÃO:

A disparada no preço dos alimentos fez a inflação percebida pelos brasileiros mais pobres mais do que triplicar em relação à dos mais ricos em 2020. De janeiro a outubro, a inflação das famílias de renda muito baixa foi de 3,68%, enquanto a da alta renda ficou em apenas 1,07%.

Os dados são de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) feito com exclusividade para o Estadão/Broadcast, considerando informações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA–15), apurado pelo IBGE. O levantamento simula que o desempenho do IPCA de outubro seja idêntico ao da prévia, o IPCA-15, divulgado na sexta-feira passada.

Comer e beber já ficou 9,75% mais caro entre janeiro e outubro de 2020, nos dados da inflação pelo IPCA-15, que subiu 2,31% no período. Considerados apenas os alimentos consumidos no domicílio, aqueles comprados em supermercados, o avanço de preços no ano foi de 12,69%.

“O preço dos alimentos mudou de patamar e vai continuar subindo, só vai subir menos”, alertou o professor Luiz Roberto Cunha, decano do Centro de Ciências Sociais da PUC-Rio.

(…)