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Inflação dos últimos 12 meses bate 6,94% e salário do trabalho formal encolhe

(Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Da Folha:

As negociações de reajustes salariais concluídas em janeiro e fevereiro deste ano indicam que os trabalhadores com data-base no primeiro semestre terão dificuldades para compensar as perdas da inflação nos últimos 12 meses. Mais de 70% dos acordos fechados em fevereiro tiveram reajuste abaixo da inflação, e dados preliminares levantados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que a situação se manteve em março.

Sem a reposição da inflação, o salário encolhe, uma vez que o valor não acompanha a alta de preços importantes para o orçamento das famílias, como alimentos, energia elétrica e transportes —a gasolina, por exemplo, subiu 11,26% em março. A perda do poder de compra é notícia ruim a qualquer tempo, mas ganha relevância com a escalada dos índices de inflação, que refletem a alta geral de preços ao consumidor. Ou seja, o trabalhador está ganhando menos e precisando gastar mais com as mesmas despesas.

Além disso, milhões de trabalhadores tiveram, no ano passado, cortes temporários em suas rendas devido aos acordos de redução de salário e jornada ou de suspensão de contrato. Segundo o Ministério da Economia, 9,8 milhões de trabalhadores participaram, entre abril e dezembro de 2020, do programa de manutenção do emprego.

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