Instabilidade na Síria preocupa mercado, mas impacto no petróleo será limitado

A queda do líder sírio Bashar al-Assad trouxe incertezas para o mercado global de petróleo, mas o impacto deve ser pequeno, de acordo com análises. Apesar de estar localizada em uma região estratégica, a produção da Síria foi severamente reduzida após mais de uma década de guerra civil. Antes do conflito, o país produzia cerca de 400 mil barris diários, mas esse volume despencou para 25 mil em 2018, tornando sua influência no mercado internacional quase irrelevante.
Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), contou ao Metrópoles que o clima de instabilidade no Oriente Médio já é amplamente precificado pelos agentes econômicos, o que limita grandes oscilações nos preços. Ainda assim, João Victor Cardoso, da FGV Energia, ressalta que a instabilidade pode gerar alta temporária nas cotações, mesmo que a produção síria não tenha impacto significativo no fluxo global de petróleo.
Na última sexta-feira (6), os preços do petróleo já apresentavam quedas, reflexo de decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) consideradas insuficientes para equilibrar a oferta. O Brent, referência internacional, caiu 1,34%, fechando a US$ 71,12 por barril, enquanto o WTI, indicador do mercado americano, recuou 1,61%, para US$ 67,20.
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