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Inteligência artificial pode indicar como animais estão se sentindo; entenda

Imagem de cachorro se escondendo no cobertor. Foto: Reprodução/Ferplast

Um pesquisador da Universidade de Milão desenvolveu um modelo de inteligência artificial capaz de identificar emoções em sons emitidos por animais. O trabalho, assinado por Stavros Ntalampiras e publicado na revista Scientific Reports, analisa vocalizações de sete espécies com cascos, entre elas vacas, cabras e porcos.

O sistema de aprendizado profundo examina elementos como tom, frequência e qualidade tonal para diferenciar expressões positivas e negativas. O estudo apontou que sons associados a emoções negativas tendem a se concentrar em faixas médias e altas, enquanto os positivos se distribuem de forma mais ampla pelo espectro sonoro.

As variações entre espécies também ficaram evidentes. Nos porcos, sons mais agudos forneceram pistas relevantes, enquanto em cavalos e ovelhas os tons médios tiveram maior peso. Segundo os pesquisadores, os achados indicam tanto padrões comuns de emoção entre diferentes animais quanto formas distintas de manifestação.

As aplicações práticas são diversas. A tecnologia pode ajudar fazendeiros a detectar cedo sinais de estresse, permitir que conservacionistas acompanhem a saúde emocional de populações selvagens e oferecer a tratadores de zoológicos meios mais precisos de monitorar o bem-estar dos animais. O avanço soma-se a outras iniciativas de IA que buscam decifrar formas sutis de comunicação animal, da dança das abelhas aos cliques de baleias.