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Interior de SP terá base da defesa antiaérea do Brasil com mísseis que alcançam 15 km de altura

Sistema de defesa antiaérea IRIS-T SLM, de fabricação alemã, é um dos modelos avaliados pelo Exército para equipar a nova base militar em Jundiaí (SP) – Foto: Reprodução

Jundiaí, no interior de São Paulo, será a nova base central da defesa antiaérea do Exército brasileiro. A cidade, com localização estratégica próxima à capital e a importantes rodovias, abrigará o 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (12º GAAAe), responsável por operar sistemas capazes de atingir alvos a até 15 km de altura e 60 km de distância. O projeto faz parte do programa Força 40, que prevê a modernização do Exército até 2039 e inclui a implantação do primeiro sistema de defesa antiaérea de média altura do país.

Segundo o general de brigada Marcos José Martins Coelho, comandante da Defesa Antiaérea, a escolha de Jundiaí se deve à facilidade logística para deslocar equipamentos pesados por rodovia e mar. “Conseguiríamos levar esse equipamento em até três horas ao porto de Santos e o embarcaríamos rapidamente para várias regiões do país”, afirmou. O novo sistema permitirá a defesa de áreas estratégicas, como a Grande São Paulo, Campinas e Sorocaba, e será fundamental para proteger estruturas como aeroportos, portos e bases militares.

O Exército analisa propostas de fabricantes da Alemanha, França, Itália, Israel, Turquia e Estados Unidos para definir o modelo de armamento. Entre os sistemas em avaliação estão o IRIS-T SLM e o Aster SAMP/T. De acordo com o general Coelho, “a defesa antiaérea passou a ser essencial”, especialmente diante de conflitos internacionais como os da Ucrânia e da Faixa de Gaza. O projeto prevê ainda a instalação de radares e o treinamento de militares, com a possibilidade de expansão para outros estados nos próximos anos.