Da Reuters:
Interlocutores da futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, admitem reservadamente que ela se expôs de forma desnecessária ao se encontrar, na noite de terça-feira fora da agenda oficial, com o presidente Michel Temer horas após a defesa do peemedebista ter pedido a suspeição do atual chefe do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot, em investigações que o envolvem, disse à Reuters uma fonte ligada a ela.
A justificativa dada por Raquel Dodge e pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto foi de que os dois discutiram a posse dela no cargo em 18 de setembro, uma vez que no dia seguinte Temer vai participar da abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nos Estados Unidos.
A fonte disse, sob a condição do anonimato, que desde a semana passada Dodge tentava agendar sem sucesso um encontro com Temer para discutir os detalhes da cerimônia.
Na quarta-feira, a segundo a fonte, a futura procuradora-geral recebeu a sinalização do governo de que o encontro poderia ocorrer ao longo do dia no Palácio do Planalto e pediu para ela ficar de prontidão.
Mas ela só foi acionada à noite para ir ao Palácio do Jaburu, em encontro ocorrido fora da agenda, um dos argumentos usados por Janot para contestar a atuação de Temer no episódio da delação de Joesley Batista, da JBS.
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