Interpol se recusa a emitir ordem de prisão contra Evo Morales

A Interpol rejeitou um mandado de prisão contra o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, considerando que os crimes de sedição e terrorismo de que é acusado têm conotação política, informou nesta quinta-feira (1o.) o Ministério Público boliviano.
A Procuradoria-Geral da República da Bolívia havia pedido à Organização Internacional da Polícia Criminal (Interpol) um carimbo vermelho, a ordem de prisão de Morales, que se encontra na Argentina.
O procurador-geral da Bolívia, Juan Lanchipa, explicou aos meios de comunicação de La Paz que o pedido foi feito no âmbito da investigação de uma denúncia por supostos crimes de sedição e terrorismo contra o ex-presidente boliviano.
A Interpol informou que o crime de sedição teria um componente político, o que segundo seu regulamento impede que tal pedido seja feito, afirmou o procurador-geral.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério do Interior (Interior) da Bolívia em novembro de 2019, pouco depois de Jeanine Áñez assumir o poder provisoriamente, quando Evo Morales se encontrava então no México, onde se encontrava antes de partir para a Argentina. (…)