Irmão do liberal Salim Mattar recebeu R$ 15 milhões do governo e é o líder de verba pública
Da Piauí:

No começo de julho de 2020, o então secretário especial de Desestatização do governo Bolsonaro, Salim Mattar, preparava sua saída do cargo e atribuía à pandemia do coronavírus o atraso na venda de empresas estatais e no avanço da agenda liberal que o levara a participar da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Um mês antes, o irmão e sócio de Salim na Localiza, empresa de aluguel de carros, recebia do governo 14,9 milhões de reais.
A quantia desembolsada pelos cofres públicos rendeu a Eugênio Pacelli Mattar o título de maior favorecido por pagamentos feitos pela União a pessoas físicas no ano passado.
O pagamento foi registrado no Tesouro Nacional em 4 de junho, 68 dias antes da saída de Salim do cargo.
A ordem bancária anota que o valor corresponde à devolução de imposto pago indevidamente sobre ganho de capital, com base na decisão administrativa da delegacia da Receita Federal em Juiz de Fora (MG), de agosto de 2019.
Uma semana depois da saída do secretário especial, seu irmão recebeu ainda um complemento de 282 mil reais, resíduo da mesma decisão da Receita Federal.
O ranking dos dez maiores favorecidos com recursos públicos a cada ano é divulgado pelo Portal da Transparência, mantido pela Controladoria Geral da União. Eugênio ocupou o topo desse ranking em 2020, por ter recebido um total de 15,2 milhões de reais dos cofres públicos.
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