Irmãos presos em caso de advogada sequestrada se dizem manipulados pelo pai

O caso do desaparecimento da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, levou a uma acusação judicial que dividiu a família Fadiga. Lourival Correa Netto Fadiga, técnico de informática, e seus filhos, Maria Luiza Vieira Fadiga e Henrique Vieira Fadiga, foram acusados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Anic foi vista pela última vez em 29 de fevereiro de 2024, e os irmãos, presos há mais de um mês, apresentaram defesa na última quarta-feira (21), alegando terem sido manipulados pelo pai.
Eles argumentam que ambos foram induzidos por Lourival sem saber do envolvimento no desaparecimento de Anic. A defesa pediu absolvição sumária ou revogação das prisões preventivas para que os irmãos possam responder às acusações em liberdade. Porém, um relatório da 105ª DP (Petrópolis) sugere que Maria Luiza estava ciente do crime, usando seu nome para registrar uma picape comprada pelo pai com parte dos R$ 4,6 milhões de resgate pagos pela família de Anic.
Henrique, segundo a polícia, esteve envolvido na compra de US$ 150 mil com um doleiro, orquestrada por Lourival no início de março. Henrique teria recebido parte do dinheiro, desconhecendo sua origem criminosa. “Os dois não sabiam de nada. Foram induzidos pelo pai”, disse advogado Vinicius Santos.
Além de Lourival e seus filhos, Rebeca Azevedo dos Santos Carvalho, ex-namorada de Lourival, também está presa sob suspeita de envolvimento no desaparecimento de Anic.