Israel apura denúncias de programa espião usado ilegalmente pela polícia

O CEO da empresa de tecnologia israelense NSO, Shalev Hulio, sempre disse que seu spyware Pegasus, usado por serviços de inteligência em muitos países, foi projetado para não operar em telefones israelenses. Agora, reportagens sólidas sugerem que o Pegasus se voltou contra Israel, desmentindo a afirmação de Hulio.
Cidadãos israelenses ficaram indignados após revelações sobre a intervenção policial em telefones de funcionários públicos, assessores governamentais e ativistas sociais com software Pegasus sem autorização judicial. A Procuradoria Geral do Estado e o Knesset anunciaram a iminente abertura de investigações.
Era assim que os agentes operavam: primeiro, o software invadia os telefones dos supostos suspeitos, capturando dados móveis. Se alguma prova da acusação fosse obtida, os investigadores solicitariam autorização judicial para regularizar a investigação retroativamente. Em suma, os policiais da unidade Sigint tendiam a acumular informações sem qualquer acusação, com o pretexto de poder incriminar os cidadãos quando julgassem oportuno.
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Investigação interna contra programa espião
O comissário-chefe da polícia israelense, Kobi Shabtai, abriu uma investigação interna para esclarecer as alegações divulgadas pela imprensa. “Tudo foi legalizado. Não há evidências de que um programa de espionagem de telefone tenha sido usado”, anunciou o chefe de polícia.
Apesar de não haver indicação de “uso sistemático de meios investigativos ilegais”, o procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit, ordenou a formação de uma equipe de especialistas para coletar evidências em casos específicos. Com informações do Globo.
O deputado centrista Meirav Ben Ari, presidente da Comissão de Segurança Pública do Knesset, convocou uma sessão especial, para esta semana, que vai examinar informações sobre espionagem cibernética policial em cidadãos.
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