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Italiano morto pela máfia é o primeiro juiz a ser beatificado

Do Expresso

O juiz italiano Rosario Livatino Ansa/Afp Via Getty Images

Este domingo, “em Agrigento, foi beatificado Rosario Angelo Livatino, mártir da justiça e da fé. Nunca se deixou corromper no seu trabalho como juiz (…) foi um defensor da legalidade e da liberdade”, lê-se no site do Vaticano.

O Papa Francisco, depois de rezar a oração ‘Regina Coelli’, lembrou Livatino como um magistrado que “julgava não para condenar, mas para redimir”.

“Que ele seja para todos, e especialmente para os juízes, um estímulo para serem defensores da legalidade e da liberdade”, acrescentou o papa Francisco.

Rosario Livatino nasceu na Sicília – em Canicatti, próximo de Agrigento – em outubro de 1952 e foi assassinado pela Cosa Nostra a 21 de setembro de 1990. Vinte e um anos depois a Igreja Católica beatificou-o como um exemplo de legalidade e de integridade.

A pandemia impediu uma beatificação com a presença de multidões e apenas 200 pessoas puderam estar presentes na catedral de Agrigento, na Sicília, para a cerimónia em que foi mostrada a camisa manchada de sangue do juiz, uma das provas nos julgamentos em Caltanissetta, contra os autores do homicídio.

O “jovem juiz”, como era conhecido em Itália desde a sua morte, aos 38 anos, é o primeiro magistrado na história da Igreja a ser beatificado, tendo sido declarado “mártir do ódio à fé”, o que lhe permite ser beatificado sem ter de ter um milagre aprovado por sua intercessão.

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