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Janio de Freitas vê indícios de golpe de Bolsonaro

Janio de Freitas
Janio de Freitas. Foto: Reprodução/YouTube

Janio de Freitas, colunista da Folha de S.Paulo, enxerga sinais de golpe de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, no processo que vai conduzir a disputa. Esse é o tema de sua coluna neste domingo (3). O jornalista se pergunta se realmente existirá um processo eleitoral neste ano.

Ele começa: “Passaram por aí o 31 de março e o 1º de abril, com seu jeito ressabiado de quem sabe, e tenta uma cara limpa, ter praticado indignidade inapagável.

Os golpes passeiam assim pelo calendário, 3 de outubro, 9 e 11 de novembro, 24 de agosto, outro agosto no dia 25, 13 de dezembro, 15 de novembro —e muitos dias a mais de traição a juramentos oficiais, de deslealdades pessoais, uso criminoso de armamentos do Estado, destruição de várias constituições e, com cada uma, das instituições menos distantes da democracia.

Deve ser difícil viver com a pecha de golpista. Ainda mais se, por falta de saberes e compreensão, confundem-se a esperável dedicação profissional e “amor” à instituição deformada pela ideia de uma condição suprema. É provável que não sejam raros os casos de mal-estar com a defesa do indefensável. Com ou sem ele, as negações do óbvio se repetem, patéticas, nas datas simbólicas do golpismo e das ditaduras”.

E desenvolve: “Possível vice de Bolsonaro, para uma chapa mais coerente que a feita com o vice Mourão, o ministro da Defesa e seus antecessores não saíram da alegação de ‘anseios da sociedade’ como origem do golpe de 1964 e de 21 anos de ditadura.

Braga Netto e os outros não precisariam de mais do que quatro letras para escapar à inverdade: anseios da alta sociedade. Perfeito. A essa sociedade eles serviram sempre, em tudo, excetuado o momento heroico que os derrotou em defesa da Constituição, pela posse do vice em 1961”.

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Janio de Freitas fala de golpe

Janio de Freitas e Jair Bolsonaro
Janio de Freitas e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube

E conclui: “Golpe seguindo-se a derrota eleitoral é sempre problemático, mesmo quando se impõe. Os sócios Aécio Neves e Eduardo Cunha imaginaram a um passo do poder, e o que o primeiro viu foram exposições da sua corrupção descarada, que nenhuma sabujice jurídica apagará; o outro viu vários anos nas trevas da cadeia.

O golpe pós-eleitoral excita reações que, antes de vitórias e derrotas, não costumam expandir-se. Os indícios atuais, que movem Edson Fachin e outros ministros-magistrados, ameaçam já o episódio eleitoral”.

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