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Jânio de Freitas sobre Bolsonaro: “presidente chamado de vagabundo não é coisa para qualquer país”

Jânio de Freitas. Foto: Reprodução/YouTube/Roda Viva

O jornalista Jânio de Freitas trata do assunto em sua coluna na Folha de S.Paulo. “Um presidente chamado de vagabundo não é coisa para qualquer país. E assim tratado por duas vezes, pelo próprio deputado-líder do seu partido, ah, agora sim: Jair Bolsonaro e os bolsonaristas se põem a acabar com a velha política. O caquético cinismo do ‘vossa excelência’ e do ‘senhor presidente’ cede à sinceridade explosiva”.

Ele desenvolve o assunto: “Bolsonaro não pôde demitir o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, quando apontado em uso ilegal de verbas e de candidatas laranjas. Agora, a descumprida promessa de afastar todo suspeito já encara uma denúncia judicial. Com envolvimento também do candidato Bolsonaro. No episódio em curso, silêncio e mero pedido de processo contra o deputado inovador, Delegado Waldir, equivalem a uma fuga, tratando-se do valentão de mãos imitando armas. Duas omissões próprias de quem está pendente do que o outro sabe e é bem capaz de dizer”.

E completa: “Essa vulnerabilidade está envolta em emaranhado muito cinzento. Caixinhas nos gabinetes dos filhos, proximidade com milícia, o Queiroz que não pode aparecer, funcionários fantasmas e parentes de milicianos, dependência da integridade ou covardia de promotores e procuradores, enfim, confusão gorda em indícios e riscos”.