Jogador iraniano é condenado à morte após defender direitos das mulheres

Após participar dos protestos pelos direitos das mulheres no Irã, o jogador de futebol Amir Nasr Azadani foi condenado à morte e pode ser enforcado. Ele já passou por times como Rah-Ahan, Tractor e Gol-e Rayhan, e hoje joga pelo Iranjavan, do Irã.
Os protestos começaram após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que segundo familiares foi assassinada por policiais depois de ser presa porque não estava com os cabelos totalmente cobertos. Os protestos também ocorrem em oposição ao regime do líder supremo, Ali Khamenei.
Segundo a mídia local, Azadani foi acusado de traição e de ser um dos responsáveis pela morte de três agentes de segurança durante um protesto em 16 de novembro. Além disso, o jogador também foi acusado pelo governo de participar de um “grupo armado e organizado” que teria como objetivo “atacar a República Islâmica do Irã”, segundo informações da BBC.
Artistas famosos do Irã e jogadores de futebol se juntaram às manifestações após o crescimento dos protestos a favor dos direitos das mulheres. Durante a Copa do Mundo no Catar, a seleção do Irã recentemente se recusou a cantar o hino nacional durante um jogo contra a Inglaterra.
Por meio de um post feito no Twitter nesta segunda-feira (12), o sindicato global de jogadores de futebol Fifpro disse estar “chocado e enojado” por Azadani estar enfrentando uma possível sentença de morte “depois de fazer campanha pelos direitos das mulheres e liberdade em seu país”.
Confira:
FIFPRO is shocked and sickened by reports that professional footballer Amir Nasr-Azadani faces execution in Iran after campaigning for women’s rights and basic freedom in his country.
We stand in solidarity with Amir and call for the immediate removal of his punishment. pic.twitter.com/vPuylCS2ph
— FIFPRO (@FIFPRO) December 12, 2022