“Jogam sujo”: Mãe acusa Testemunhas de Jeová de explorar filha autista

Uma moradora de São Paulo afirma que sua filha de 27 anos, diagnosticada com autismo nível 1, estaria sendo explorada por um templo das Testemunhas de Jeová. Segundo o relato, a jovem realiza diversos trabalhos para a igreja sem qualquer remuneração, incluindo limpeza, jardinagem, cozinha e pregação nas ruas. A mãe, que preferiu não se identificar, denuncia que a filha é usada como mão de obra gratuita e que pretende processar o grupo por trabalho análogo à escravidão.
“Ela é muito inteligente, mas não se permite voar, pois, na cabeça dela, vai desagradar a Jeová. Eles jogam muito sujo”, desabafou a mulher. Ainda segundo o relato, a filha teria trabalhado oito horas seguidas para a organização na última semana, além de mais uma hora online em um estudo bíblico.
A mãe afirma que a igreja tem ciência da condição da jovem, mas a incentiva a continuar as atividades, classificadas oficialmente como “trabalho voluntário para Jeová”. A mãe está reunindo provas para acionar judicialmente a instituição. “Ela é vulnerável, não tem malícia, é muito infantil. Eu estou colhendo provas, pois quero processá-los”, afirmou.