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Jornalistas são condenadas a dois anos de prisão por cobertura de protesto em Belarus

Da RFI

As jornalistas Daria Shultsova (à esquerda) e Katerina Bakhvalova fazem o “V” com os dedos, símbolo de vitória e gesto que identifica os críticos do presidente Lukashenko. STRINGER AFP

Duas jornalistas bielorrussas foram condenadas nesta quinta-feira (18) a dois anos de prisão, acusadas de motivar incidentes durante a cobertura do movimento de protesto deflagrado, no ano passado, pela reeleição do presidente Alexander Lukashenko, no poder desde 1994. As condenações são uma nova demonstração da repressão orquestrada pelo regime de Minsk.

As jornalistas Daria Shultsova e Katerina Bakhvalova, correspondentes do canal de televisão opositor Belsat, que tem sede na Polônia, foram detidas em 15 de novembro. Elas estavam em um apartamento, de onde haviam filmado a violenta dispersão de uma manifestação em homenagem ao ativista Roman Bodarenko, assassinado poucos dias antes do protesto.

A condenação das duas mulheres é a primeira de jornalistas desde o início do movimento popular de oposição a Lukashenko, reeleito sob acusações de fraude em agosto do ano passado. Com o apoio da Rússia, o líder autoritário bielorrusso conseguiu sufocar as manifestações, apesar das críticas e sanções internacionais que recebeu pela repressão.

A líder da oposição no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, reagiu às sentenças. O poder “não conseguiu subjugá-las ou intimidá-las, elas são livres, apesar de tudo”, disse Tikhanovskaya. (…)