Jovem transplantada que morreu foi agredida por enfermeira, diz família
O Instituto do Coração (Incor) afastou uma enfermeira após denúncia de agressão contra Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, paciente que passou por quatro transplantes e morreu em fevereiro. Vitória é a mesma paciente que, dias antes de morrer, foi alvo de deboche por estudantes de medicina em vídeo no TikTok.
A agressão, ocorrida em 23 de agosto de 2023, foi confirmada por sindicância interna que encontrou “indícios suficientes de materialidade de falta disciplinar”, conforme ofício do diretor Fábio Nakandakare Kawamura ao Ministério Público de São Paulo. O documento, obtido pelo Metrópoles, afirma que o caso levou a uma reavaliação dos procedimentos assistenciais da instituição.
Em nota, o Incor afirmou nesta quinta (10) que “repudia com veemência qualquer tipo de violência” e que adotou “as providências cabíveis” ao tomar conhecimento da agressão. O hospital ressaltou que “o respeito às pessoas é um valor inegociável” da instituição. A enfermeira foi desligada após a conclusão da apuração interna, que classificou o caso como “isolado”, mas determinou revisão nos treinamentos da equipe.
O caso de Vitória ficou conhecido após viralizar o vídeo de Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, quando uma das alunas comentou a raridade de seus quatro transplantes dizendo: “Acha que tem sete vidas”. A família também denunciou à 6ª Promotoria de Luziânia (GO) outros maus-tratos durante a internação, incluindo gritos de enfermeiras.
Estudantes de medicina zombaram de jovem que passou por quatro transplantes, nove dias antes de sua morte:
“Na segunda vez, ela não tomou os medicamentos corretamente, o corpo rejeitou o órgão e precisou transplantar de novo, erro dela. Agora, o novo transplante foi aceito, mas… pic.twitter.com/IPxaVs3dmB
— poponze (@poponze) April 8, 2025
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