Judeus pedem boicote ao Flow Podcast por defesa de partido nazista

Entidades e associações que representam judeus se manifestaram após a fala antissemita de Monark, um dos apresentadores do podcast Flow.
“Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão”, diz o grupo Judeus pela Democracia.
Os coletivos pressionam, também, as marcas patrocinadoras do programa para que rompam contrato.
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As empresas Flash Benefícios e Insider Store aparecem no vídeo durante o trecho que mais está sendo compartilhado na internet.
“É sério que vocês vão continuar patrocinando quem diz que ‘tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei’ e que ‘se o cara quiser ser um anti-judeu, eu acho que ele tinha direito de ser?”, questionou o Instituto Brasil-Israel pelas redes sociais.
Daniel Douek, que é Diretor do instituto, afirmou ao Yahoo! Finanças: “Pressionar plataformas e patrocinadores pelo estabelecimento de critérios e padrões de publicação, em vez de insistir na tentativa de convencimento daqueles que emitem discursos discriminatórios é muito mais efetivo. É a diferença entre atuar no varejo ou no atacado”.
Eles sugeriram que o Sleeping Giants, um movimento de consumidores contra o financiamento do discurso de ódio, pressione os patrocinadores do Podcast.
“Tabata Amaral deveria ter dado voz de prisão a Kataguiri e Monark”, diz pesquisadora do neonazismo
A pesquisadora Adriana Dias, doutora em Antropologia pela Unicamp, defendeu a prisão do youtuber Monark e do deputado Kim Kataguiri (Podemos-SP). Em conversa com a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) no Flow Podcast, eles se manifestaram a favor da criação de um partido nazista.