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Judeus relatam temor no país por ameaças e intolerância

Homem com símbolo da suástica no braço em bar em Unaí, no interior de Minas Gerais Reprodução/Twitter

Do UOL:

Na tarde da terça-feira (21), a Polícia Civil do Ceará convocou uma entrevista coletiva para informar que quatro pessoas foram indiciadas sob acusação dos crimes de racismo e ameaça contra a comunidade judaica no Ceará. Um dia depois, o Ministério Público de Minas Gerais denunciou o homem que usou uma suástica no braço em um bar Unaí.

Na quinta-feira (23), um homem foi indiciado pela polícia catarinense após pendurar suástica na janela de seu apartamento em São José.  Esses fatos recentes se somam ao vídeo de inspiração nazista gravado por Roberto Alvim, secretário de Cultura do governo Jair Bolsonaro, que levou à sua demissão imediata.

Às vésperas dos 75 anos da libertação de judeus do campo de concentração de Auschwitz — ocorrida em 27 de janeiro de 1945 pelo então exército soviético —, o Brasil registra episódios que fazem integrantes da comunidade judaica no país temerem a crescente onda de intolerância. (…)

Para o advogado e presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Fernando Lottenberg, “está mais difícil ser judeu ou minoria no mundo hoje.” “É o que a gente está vendo em vários países, e não têm como essa onda não chegar aqui. Infelizmente, parece que já bateu, de uma intolerância crescente. Toda essa história de polarização, radicalização, extremismo, acaba repercutindo na visão das pessoas das minorias”, afirma.

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