Juiz bolsonarista que falou sobre “se relacionar com putas” e atacou Jean Wyllys será investigado
O juiz bolsonarista Thiago Brandão Boghi será investigado. O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Carlos França, anunciou que sua conduta será apurada. “A Presidência do TJ-GO encaminhará o assunto à Corregedoria-Geral da Justiça”, afirma.
“Os termos ou palavras utilizados em um pronunciamento judicial potencialmente agressivos à moral pública, a pessoas ou a Poderes ou seus representantes podem ensejar apurações na esfera administrativa para verificar a presença ou não de violação ao Código de Ética da Magistratura Nacional”, afirmou o desembargador
Ele diz ter recebido “incontáveis questionamentos” sobre o caso, segundo a Folha. “Além da ampla repercussão nacional sobre sentença proferida pelo juiz”, reclama.
Leia também:
1 – Janaina defende crimes da Prevent Senior porque pacientes do plano não podem ser tratados no SUS
2 – Carlos Bolsonaro está “desnorteado” desde que foi apontado como chefe de organização criminosa
Juiz bolsonarista falou sobre “se relacionar com putas” e atacou Jean Wyllys em decisão
Boghi, em decisão publicada na última segunda (27), lamentou que “se relacionar com putas” não é mais um fato que gera “boa reputação”. Ele também atacou Jean Wyllys a Globo e o PSOL.
Na ação julgada, um homem registrou queixa-crime contra mulher que o acusou de usar drogas e de “estar com putas”. Ele então escreveu, na sentença:
“Um homem se relacionar com ‘putas’ era considerado fato de boa reputação, do qual o sujeito que praticava fazia questão de se gabar e contar para todos os amigos”.
Na sentença, ele ainda diz que estar com prostitutas não configura injúria, uma vez que um projeto de lei regulamentou a profissão. Boghi diz que o projeto foi “apresentado pelo ex-deputado federal Jean Wylis —o queridinho da Globo— pelo todo-poderoso PSOL, o queridinho do STF”.