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Juiz é aposentado por vender sentença e ser flagrado com R$ 1,7 milhão no sótão de casa

Peter Eckschmiedt é investigado por vender sentença

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu por unanimidade, com 25 votos a favor, a aposentadoria compulsória do juiz Peter Eckschmiedt, investigado por venda de decisões judiciais. A pena, a mais grave para magistrados, foi aplicada após a descoberta de R$ 1,7 milhão escondido no sótão de sua casa em Jundiaí durante operação da Procuradoria-Geral de Justiça e Polícia Militar em agosto de 2023.

As investigações começaram após um banco alertar sobre golpistas que tentaram sacar dinheiro de uma idosa com procuração falsa. A Corregedoria do TJ-SP identificou três execuções judiciais fraudulentas ligadas ao magistrado. “A defesa não pode comentar o caso por estar sob sigilo”, informou nota dos advogados de Eckschmiedt.

O juiz estava afastado do cargo desde o ano passado, mas continuava recebendo salário. A Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) conduziu as apurações que revelaram o esquema de venda de decisões.