Juiz que prendeu brigadistas em Alter do Chão por falsa acusação faz evento com 120 pessoas
Do UOL:

A prefeitura de Santarém, no Pará, abriu procedimento para apurar possíveis violações aos protocolos de biossegurança em um evento de triatlo com 120 participantes realizado na região turística de Alter do Chão ontem (4). A prova foi organizada pelo juiz Alexandre Rizzi, que gerou visibilidade internacional ao local, em 2019, ao mandar prender brigadistas por uma falsa acusação de que eles haviam colocado fogo na floresta local.
Alter do Chão é um distrito de Santarém, cidade paraense que teve em março seu mês mais letal da pandemia, com 183 mortes. Desde o início do mês estão proibidos, pelo decreto municipal 712/2021, quaisquer eventos com mais de 10 pessoas. O mesmo decreto, seguindo também uma regra estadual, interdita praias, igarapés e balneários e exige o uso de máscara de proteção cobrindo nariz e boca nas vias públicas da cidade.
Tudo isso foi desrespeitado durante o 2º Desafio Zéfiro de Triatlo, realizado no domingo com uma autorização da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Santarém. Em entrevista ao GloboEsporte na semana passada, Rizzi se apresentou como organizador do Desafio e alegou que o triatlo é um esporte “individual”, o que permite sua prática na cidade. “Estamos incentivando o esporte, a prática de exercícios físicos para fortalecer o sistema imunológico e como o decreto autoriza o esporte individual, estamos trabalhamos nesse sentido”, ele afirmou.
A prova, porém, foi organizada de forma coletiva. Ao invés das largadas “em onda”, com um número pequeno de pessoas saindo juntas da praia para a natação, primeira etapa do triatlo, todos os participantes largaram ao mesmo tempo, mesmo sendo de categorias diferentes. E fizeram isso sem usar máscaras.
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