Juíza que viu marido policial ser assassinado fala pela 1ª vez: “Não serei mais uma vítima”

A juíza Tula de Mello falou pela primeira vez após o assassinato de seu marido, o policial João Pedro Marquini Santana, 38 anos, agente da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais). Com voz embargada e respiração ofegante, ela falou com o jornal o Globo sobre o crime que ocorreu no último domingo (30) no Rio de Janeiro, quando criminosos dispararam contra o veículo blindado da magistrada.
“Fui metralhada, mas não serei mais uma vítima. Estou aqui na condição de uma mulher que lutará pelo Rio”, declarou Tula, emocionada. A juíza evitou detalhes para não prejudicar as investigações, mas reforçou seu compromisso com a justiça. “É preciso continuar”, disse a viúva.
O Mitsubishi Outlander da juíza foi atingido por quatro tiros de fuzil, embora tivesse blindagem apenas para pistolas. João Marquini, que dirigia outro carro à frente, percebeu a emboscada e alertou a esposa, sacrificando-se para protegê-la. “Ele entregou a vida para que cessassem os disparos, o que me possibilitou escapar”, contou Tula, que executou uma manobra para sobreviver. O agente foi atingido por cinco tiros e morreu no local.
As investigações, lideradas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), estão em fase avançada. Um policial militar que conversava com Marquini pelo viva-voz é peça-chave no caso. O carro dos criminosos, um Tiggo 7 prata, foi encontrado em Vargem Pequena e passa por perícia. Equipes do ICCE também analisam o veículo da juíza e o celular da vítima em busca de pistas.
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