“Juninho Riqueza”, suspeito de matar o jogador Daniel Corrêa, gosta de ostentar e tem ficha policial

Do UOL
Edison Luiz Brittes Júnior, que confessou ter assassinado o jogador Daniel Corrêa, é conhecido em São José dos Pinhais (PR) como “Juninho Riqueza”. A casa da família, onde Allana Brittes reuniu os amigos para um after party e onde Daniel começou a ser espancado, está cadastrada no Google Maps como um bar chamado “Juninho Riqueza House”.
“Casual” e “bom para grupos”, segundo a classificação do site, seguida de uma foto antiga da fachada.
Juninho, de 37 anos, gostava de ostentar riqueza. Sobre o portão da casa, ele mandou instalar a escultura de dois leões, fazendo sua propriedade sobressair no bairro de classe média-baixa. O suspeito gostava de joias e carros esportivos. Ultimamente conduzia um Veloster preto, em cujo porta-malas confessou ter colocado Daniel após uma sessão de espancamento. Segundo seu advogado de defesa, Juninho é dono de uma empresa que vende laticínios em Curitiba.
Para a festa de 18 anos de Allana, fechou um camarote na boate Shed, no bairro curitibano do Batel, e promoveu uma festa com “bebida que não acabava mais”, segundo as palavras da aniversariante a um amigo no dia seguinte.
Em vídeo gravado antes de ser preso, Juninho disse ter cometido o crime para defender a esposa Cristiana, com quem vive há 20 anos e que estaria sendo atacada por Daniel. Além de Allana, Juninho é pai de uma menina mais nova. Allana, Cristiana e Juninho estão presos temporariamente.
O principal suspeito de matar o jogador já era conhecido do sistema judiciário paranaense. Em 2015, ele se envolveu em um caso que lhe rendeu uma denúncia do Ministério Público por receptação dolosa (artigo 180 do Código Penal) de produto roubado. De acordo com a denúncia assinada em junho de 2018 pela promotora Mônica Helena Derbli Baggio, Juninho foi levado à delegacia pela posse de um Hyundai Sonata que ele sabia ter sido roubado.
Os policiais identificaram que o chassi do carro havia sido adulterado. O veículo fora roubado no ano anterior em Porto Alegre. Procurado, o advogado de defesa de Juninho, o criminalista Cláudio Dalledone Júnior, afirmou que seu cliente comprou o Sonata sem saber que ele era fruto de roubo.
A ficha policial de Juninho conta ainda com o registro de outros dois crimes: porte ilegal de armas (artigo 14 do Estatuto do Desarmamento) e injúria (artigo 140 do Código Penal).
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