Justiça aciona estudantes da UFMT que organizaram ato armado pró-Bolsonaro

Após dois estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso, no campus da instituição em Cuiabá, organizarem um ato armado em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Ministério Público Federal entrou nesta sexta-feira (21) com uma representação urgente. Em mensagens enviadas em grupos no aplicativo Whatsapp, os universitários solicitaram que pessoas que possuíssem armas de fogos as levassem para a manifestação. Com informações do PNB Online.
A denúncia inicial chegou ao MPF por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Mato Grosso, que recebeu prints das mensagens do grupo do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Estado de Mato Grosso, informando que um grupo de estudantes da UFMT, intitulado ACON-Jovem estaria organizando uma manifestação com o uso de armas.
No grupo que se define como cristão e que organiza atos religiosos na universidade mostram o momento em que os estudantes planejam a ação. O homem chega a citar uma possível ajuda do ex-vereador Marcos Paccola (Republicanos).
Na representação ajuizada no Tribunal Regional Eleitoral em Mato Grosso, o procurador Regional Eleitoral, Erich Raphael Masson, enfatiza que “manifestações pacíficas do povo brasileiro são bem-vindas e constituem expressão coletiva do direito de liberdade de expressão de cada cidadão, que pode reunir-se em grupos com os quais partilhe ideias”.
Com base nas denúncias recebidas e no conteúdo das conversas de Whatsapp, o MP Eleitoral pediu que seja determinado aos representados que, no prazo de 24 horas, se abstenham de divulgar, propagar, convocar e/ou realizar evento com o uso de armas, em espaços públicos, e também, caso seja realizada, que ocorra de forma pacífica e sem o uso de armas, sob pena de aplicação de multa não inferior a R$100 mil pelo descumprimento.
O MP solicita ainda que os estudantes removam os conteúdos e se retratem nos grupos de mensagens instantâneas, redes sociais e canais utilizados para a divulgação, propagação e convocação indevida. Além dessas medidas, os estudantes devem promover uma nota pública se retratando da atividade e informando a não realização do evento com uso de armas em locais públicos.
Caso os organizadores da manifestação não deixem de realizar o evento, o MP Eleitoral requereu que sejam adotadas providências necessárias para impedir a realização da manifestação com o uso de armas, inclusive com o emprego de força policial, se caso for necessário.