Justiça condena CBF a pagar R$ 60 mil de indenização por assédio a ex-diretora

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região a indenizar a ex-diretora Luísa Xavier Rosa em R$ 60 mil por assédio moral e sexual. A decisão foi proferida no dia 2 de agosto pelo juiz Leonardo Almeida Cavalcanti. No entanto, ela que havia solicitado uma indenização de R$ 1,8 milhão, anunciou que recorrerá da decisão para aumentar o valor.
Luísa Xavier Rosa fez história ao ser a primeira mulher a ocupar um cargo de diretoria na CBF, nomeada pelo presidente Ednaldo Rodrigues em abril de 2022, como parte do compromisso da entidade com a diversidade. Ela permaneceu no cargo por apenas 15 meses, supervisionando obras físicas na sede da CBF e em instalações externas.
Em seu processo, ela alegou ter sido desautorizada pelo presidente na contratação de empresas para as obras e afirmou que seus poderes foram progressivamente esvaziados, o que a levou a desenvolver um quadro de depressão. Além disso, ela relatou episódios de assédio sexual, incluindo comentários misóginos e a contratação de prostitutas para eventos da CBF, mencionando nomes de integrantes da cúpula da confederação, como Rodrigo Paiva, diretor de Comunicação, e o advogado Pedro Trengrouse.
Em nota oficial, a CBF informou que já recorreu da sentença e confia que a decisão será revertida, afirmando que “os documentos e depoimentos apresentados no processo comprovam a inexistência de qualquer tipo de assédio”. A entidade também ressaltou a disparidade entre o valor inicialmente pedido por Rosa e o montante fixado pelo juiz, além de ter ingressado com uma ação criminal “pelas graves e infundadas acusações”.
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