Justiça de São Paulo decreta falência da Ricardo Eletro

Na última quinta-feira (9), a Justiça de São Paulo decretou a falência da rede varejista Ricardo Eletro. A companhia foi fundada em 1989, pelo empresário Ricardo Nunes. Em 2020, rede pediu a recuperação judicial, e acumulava uma dívida de R$ 4,6 bilhões.
Contudo, a decisão de recuperação judicial acabou se tornando um decreto de falência por motivos que diferem apenas a marca, como a outras diferentes empresas ligadas à sua controladora, a Máquina de Vendas. A empresa está recorrendo com um recurso para reverter a decisão.
Segundo Leonardo Fernandes dos Santos, o juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central de São Paulo que determinou a falência, a justificativa é de que isso ocorreu por “esvaziamento patrimonial” da companhia, o que levou à insuficiência financeira do negócio.
Segundo o Valor, o grupo se surpreendeu com a decisão, e alega que o esvaziamento refere-se “a ajuste contábil feito pela baixa de estoque operacional decorrente do fechamento de lojas, e como é esperado, houve ajuste para saldo de estoque”, negando também que esse esvaziamento tenha se dado por ”fraude ou desvio de valores”.
Entre seus argumentos, a rede conta que grande parte de seu estoque foi vendido em ”queima” no momento de fechamento das lojas para a geração de caixa e liquidez imediata. No segundo semestre de 2020, foram fechadas cerca de 300 lojas do segmento, e eles passaram a operar apenas pelo site, com um número reduzido de ofertas e sem vender eletrodomésticos e itens de informática.
Recentemente, o atual CEO da RicardoEletro, Pedro Bianchi, disse uma frase com teor muito parecido com as ditas por Jair Bolsonaro (PL) em relação aos direitos dos trabalhadores:
“É melhor ter menos direitos do que desemprego”, afirmou Bianchi. Durante a campanha do atual presidente para a presidência, ele dizia: “Precisamos ter menos direitos e mais empregos”.
Apesar de não existirem relatos dos direitos dos trabalhadores sendo cortados, a rede de lojas sonegava impostos.
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