Justiça determina que hacker da Vaza Jato seja solto com tornozeleira

A 10ª Vara Federal de Brasília autorizou que Walter Delgatti Neto, conhecido como o “hacker da Vaza Jato”, seja solto. Em 2019, ele invadiu contas no Telegram, vazou mensagens de procuradores da extinta Operação Lava Jato e acabou preso pela Polícia Federal (PF).
Delgatti também é suspeito de ter acessado a internet e mudado de endereço, contrariando ordens da Justiça para mantê-lo em liberdade provisória.
Os pré-requisitos para a soltura dele são o uso de tornozeleira eletrônica e apresentação de relatório mensal sobre onde está e o que faz na internet. Além disso, ele terá que avisar à polícia se for sair de São Paulo, onde terá residência fixa, por mais de 48 horas.
Delgatti foi preso na Operação Spoofing, da PF, em julho de 2019, que deteve seis hackers suspeitos de invadirem os celulares de autoridades, como procuradores do Ministério Público Federal (MPF) do Paraná e do senador Sergio Moro (União-PR), na época ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).
O hacker da Vaza Jato passou a ter direito de responder ao processo em liberdade em setembro de 2020, contanto que respeitasse algumas restrições, como deixar de acessar a internet.
Delgatti teve novamente a prisão preventiva decretada pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, em junho deste ano. Ele foi detido em Campinas, no interior paulista. Os endereços que ele havia informado à Justiça, porém, eram em Araraquara e Ribeirão Preto, também no interior de São Paulo.