Justiça determina soltura do cônsul alemão preso por morte do marido
A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, determinou a soltura do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, preso pela morte do marido, o belga Walter Henri Maximillen Biot.
Ele foi preso em flagrante após seu marido, Biot, ser encontrado morto na cobertura do apartamento onde o casal morava, na Rua Nascimento Silva, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.
Um pedido de liberdade feito pelos advogados do cônsul no ultimo dia (9) foi negado pela desembargadora Rosa Helena Guita. A magistrada afirmou em sua decisão que não havia ilegalidades na prisão em flagrante de Uwe, porém, destacou que faltava alguns documentos no pedido da defesa para a análise de parte dos argumentos apresentados.
Os advogados do cônsul alemão afirmaram no pedido de reconsideração da decisão, que há excesso de prazo para a apresentação da denúncia contra o alemão.
“De fato, o paciente encontra-se preso preventivamente desde 07/08/2022 (data de sua audiência de custódia) e, de acordo com as informações extraídas do sítio eletrônico deste Tribunal de Justiça, verifica-se que até a presente data a denúncia ainda não foi oferecida, passados 09 dias do esgotamento do prazo legal de 10 dias”, escreveu a desembargadora na decisão que relaxou a prisão de Hahn.
De acordo com a Polícia Civil, Uwe Hahn informou ao médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que o marido havia passado mal e caído no chão, no dia anterior, na cobertura que ambos dividiam. No entanto, o laudo do legista atesta que Walter Henri Maximillen Biot morreu de hemorragia subaracnoide (extravasamento de sangue entre o cérebro e o tecido), contusão craniana e traumatismo cranioencefálico, provocados por ação contundente.
Também é apontado no documento que o cadáver apresenta mais de 30 lesões, como equimoses, escoriações e outros tipos de ferimentos, espalhados por regiões como braços, pernas, tronco e cabeça.