Justiça impede que plenário da Alesp vote suspensão de deputado que xingou o Papa

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) impediu que a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vote em plenário a suspensão de três meses do deputado estadual bolsonarista Frederico D’Ávila (PL). Ele xingou o Papa Francisco e outras lideranças religiosas em outubro de 2021 A determinação está em uma liminar concedida pelo desembargador Antônio Carlos Alves Braga Junior. A informação é do site Metrópoles.
O Conselho de Ética da Alesp já aprovou a suspensão do mandato parlamentar de Frederico D’Ávila, mas ainda falta a votação no plenário da Casa para que a pena seja aplicada. O deputado utilizou a tribuna da Assembleia, no ano passado, para xingar de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos” o papa Francisco, o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, e toda a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Com a decisão do Tribunal de Justiça de SP, a votação em plenário que pode suspender o mandato do bolsonarista não tem previsão de acontecer. No despacho, o desembargador alegou que é preciso verificar se o deputado teve direito ao contraditório e à ampla defesa na Alesp.
Leia mais:
1. Bolsonaro rifa Jair Renan e diz que ele “vive com a mãe” e “está longe”
2. Número de eleitores com menos de 18 anos cresceu no Brasil, diz TSE
3. “Estamos em um mundo em que ninguém precisa passar fome”, diz Haddad
Votação em plenário já foi adiada por falta de quórum
A suspensão do mandato de Frederico D’Ávila (PL) seria votada em plenário no dia 05 de abril, mas foi adiada por falta de quórum. No dia 06, ele conseguiu a liminar determinando que o caso não pode ser pautado até que a 6ª Câmara de Direito Público do TJSP analise o caso. O deputado alegou que não teve direito de se manifestar na sessão do Conselho de Ética e que, com isso, seu direito à ampla defesa teria sido prejudicado.
D’Ávila é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi eleito em 2018 com o apoio do setor agrícola, onde fez carreira por um longo período antes de entrar na política.