Justiça manda Malafaia excluir postagens contra Vera Magalhães

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Foi determinado pela 21ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, nesta sexta-feira (2), que o pastor Silas Malafaia exclua de suas redes sociais oito publicações contra a jornalista Vera Magalhães. A corte ordenou também que o líder religioso pare de compartilhar ofensas e informações falsas contra a profissional.
Malafaia e Vera Magalhães travaram um embate nas redes sociais após o pastor endossar ataques contra ela iniciados por Jair Bolsonaro (PL) durante o debate com presidenciáveis, no domingo (28). Na ocasião, a jornalista foi ofendida pelo presidente depois de fazer uma pergunta sobre a vacinação de Covid-19.
“Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas ao meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, disse Bolsonaro.
Nas redes, Malafaia afirmou, sem apresentar qualquer prova, que Vera Magalhães foi contratada pelo ex-governador João Doria (PSDB) e recebia R$ 500 mil por ano para fazer “ataques sistemáticos” ao governo federal. A informação foi desmentida pela jornalista.
“O senhor vai levar um processo e ter de provar que eu ganho 500 mil por ano, pastor. Se prepare para receber a notificação do meu advogado. Mentir usando a religião como escudo é ainda mais vil e torpe”, escreveu Magalhães nas redes sociais.
Na decisão, a Justiça considerou haver provas de que as publicações apresentavam conteúdo falso e ofensivo. “O réu [Malafaia], pessoa pública, deve agir com responsabilidade ao utilizar as redes sociais, abstendo-se de publicar notícias falsas”, diz a decisão.
Com informações de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.