Justiça mantém decisão que rejeita denúncia contra dirigentes da UFSC
De Carlos Damião no site Notícias do Dia.
“Não esperávamos nenhum resultado diferente desse. A censura e o cerceamento à liberdade de expressão, definitivamente, para nós e para a Justiça Federal, não fazem parte do ambiente da universidade. Fica reafirmado o principio de que agentes públicos devem saber conviver com a crítica. E que a defesa da liberdade de expressão não pode servir de pretexto para a intimidação ou ameaça”.
Assim reagiu o chefe de gabinete da Reitoria da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Áureo Moraes, ao saber do resultado do julgamento, pela 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Santa Catarina, em sessão realizada nesta quinta-feira (29), que decidiu, por unanimidade, manter a sentença da 1ª Vara Federal de Florianópolis, que havia rejeitado a denúncia do Ministério Público Federal contra o reitor da UFSC, Ubaldo Cesar Balthazar, e o chefe de gabinete, por suposta injúria contra delegada da Polícia Federal. Participaram do julgamento os juízes federais Gilson Jacobsen, presidente; João Batista Lazzari, relator, e Antônio Fernando Schenkel do Amaral e Silva.
A delegada, no caso, é Erika Marena, responsável pela Operação Ouvidos Moucos, que apurava supostas irregularidades no âmbito da UFSC e que resultou na trágica morte do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, em 2 de outubro de 2017. Mais de dois anos depois, o inquérito não provou nada contra o falecido reitor. No fim de 2018, durante as comemorações do aniversário da UFSC, servidores, professores e alunos da universidade fizeram uma manifestação exigindo justiça em relação à memória de Cancellier.
