Justiça mantém prisão de ex-presidente do PROS por desvios de verbas partidárias

A Justiça Eleitoral do Distrito Federal aceitou nesta sexta-feira (28) a denúncia e decidiu manter a prisão de Eurípedes Gomes de Macedo Júnior, ex-presidente dos partidos PROS e Solidariedade. O político e outras nove pessoas vão responder pelos crimes de peculato, apropriação indébita, falsidade eleitoral e organização criminosa.
Segundo o inquérito, Eurípedes usou empresas fictícias para desviar R$ 36 milhões do fundo partidário. Entre as empresas suspeitas estão consultorias, agências de viagens e uma autoescola.
Além disso, a investigação apontou que uma empresa supostamente de marketing teria recebido aproximadamente R$ 1 milhão do PROS sem apresentar “capacidade operacional” para o serviço contratado. “Dentre oito empresas investigadas, apenas duas apresentaram efetiva atividade empresarial, porém com indícios de lavagem de dinheiro”, afirmou a Polícia Federal (PF).
Eurípedes também é acusado de utilizar recursos do fundo partidário para viagens internacionais e um cruzeiro marítimo para ele e seus familiares. Segundo a PF, Eurípedes teria esvaziado as contas do PROS ao ser destituído do cargo, transferindo valores para uma fundação onde ele e seus parentes tinham controle administrativo.