Justiça nega soltura de PM que matou homem negro com 11 tiros pelas costas

A Justiça de São Paulo negou o pedido de liberdade provisória do policial militar Vinicius de Lima Britto, acusado de executar Gabriel Renan da Silva Soares, um jovem negro, pelas costas, em frente a um mercado na Zona Sul da capital. A decisão foi tomada na segunda-feira (9) pela juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro, da 5ª Vara do Júri, que destacou o “modus operandi violento e descontrolado” do PM, também investigado por outras mortes em ocorrências policiais.
A magistrada considerou que o histórico de Vinicius, acusado de envolvimento em dois homicídios no litoral paulista, reforça a necessidade de sua prisão. “Ao contrário de abrandar a medida, a prova apresentada indica semelhança nos casos, em especial pela grande quantidade de projéteis que atingiram as vítimas”, afirmou.
A defesa também solicitou sigilo no processo, pedido igualmente negado. Vinicius foi preso no dia 6 de dezembro, mais de um mês após o crime, quando imagens de câmeras de segurança que registraram o assassinato foram divulgadas.
A advogada da família de Gabriel, Fatima Taddeo, comemorou a prisão: “Isso nos dá esperança de que o caso do Gabriel não será apenas mais um. É um passo importante para combater a política de extermínio contra jovens negros nas periferias”.
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