Justificativa da PRF para atuar na operação na Vila Cruzeiro muda após mortes
A justificativa dada pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) para atuar junto com a Polícia Militar na operação da Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro, foi ampliada. Anteriormente, era apenas para o cumprimento de mandados de prisão de traficantes do Comando Vermelho – facção criminosa que atua no local – contudo, após o número de mortes, a justificativa mudou e passou a abranger também a atuação do grupo nos crimes nas rodovias.
O número de mortes na operação foi corrigido nesta quinta-feira (26) para 23, já que os hospitais do local falavam em 26 vítimas, mas três dessas mortes não tem ligação com a ação e, por isso, não faz sentido entrarem no cálculo. Contudo, foi a segunda mais letal do estado.
Está sendo instaurado um inquérito que apura as circunstâncias da operação do PRF nesta e em outras ações pelo estado. Só neste ano, essa é pelo menos a terceira vez que a cooperação atua junto com o Bope (tropa de elite da PM fluminense). Uma dessas foram, novamente, na Vila Cruzeiro, gerando oito mortes.
Um documento interno da PRF, usado para autorizar o trabalho dos agentes na operação desta semana, informa apenas o pedido de apoio do BOPE para o cumprimento de dois mandados de prisão de dois traficantes apontados como líderes do Comando Vermelho.