Justus diz que estaria “mais preparado” que Huck para presidente, mas prefere “ser pai”
Da entrevista de Roberto Justus à Veja:

O senhor apoiou a eleição de Jair Bolsonaro. Um ano depois, ainda está entre os empresários que acreditam no presidente?
O empresário que olhar para este país no último ano e não perceber a diferença está cego. Eu não estou feliz com tudo, decepcionei-me bastante com atitudes e posturas do nosso presidente. Ele mostrou despreparo para o cargo em várias situações. O presidente da República tem de ter equilíbrio e energia. Adoro que ele seja enérgico, não tem problema nenhum. Se eu fosse presidente, também seria enérgico. Mas ele deve dar o exemplo, não perder tempo falando bobagens desnecessárias. Se o presidente tivesse falado menos, estaríamos em melhor situação. Mas ele está aprendendo.
Luciano Huck é apresentador de TV como o senhor e um dos nomes que despontam para a eleição de 2022. Ele daria um bom presidente?
Huck é um cara inteligente e é sério. Agora, se tem condição de tocar um país, não sei. Não acho que seja o perfil ideal. Quanto a mim, sou um pouco diferente, porque tenho experiência em gestão. São mais de quarenta anos tocando e gerindo companhias, não deixa de ser parecido com a empresa Brasil. Nesse ponto, eu estaria mais preparado que Huck para assumir o cargo.
Na última eleição, o senhor chegou a ser cotado e até namorou um partido para concorrer a presidente. Por que desistiu?
Isso foi muito antes de se falar nos nomes do Bolsonaro e do Huck. Cheguei a participar de uma reunião em Brasília com um partido. Seus integrantes achavam interessante o fato de eu ser um outsider. Como o Donald Trump foi apresentador de O Aprendiz e virou presidente, pensavam que eu poderia repetir a façanha no Brasil. Fico lisonjeado, mas nunca achei que eu combinasse com a política. Vou ser sincero: se eu soubesse que daria para ser eleito só pelas redes sociais, sem o desgaste de uma campanha política, eu até teria pensado no assunto. Mas hoje não penso mais nisso. Agora serei pai, vou focar na minha família. Não posso ser presidente neste momento.