Kassab diz que existe um “espaço para uma candidatura de centro”, mas não há nomes

Natália Portinari entrevistou o ex-prefeito Gilberto Kassab no Globo.
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Uma candidatura forte de centro em 2022 é mais difícil com Lula elegível?
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Hoje há números expressivos de uma pré-candidatura do Lula ou do Bolsonaro, mas têm rejeição alta. Entendo que existe espaço para uma candidatura de centro. Mas acredito que ainda não haja esse nome. Nós temos muito tempo ainda.
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O PSD apoiou o governista Arthur Lira (PP-AL) na Câmara, mas se posiciona como independente. Como se equilibrar nisso?
São coisas diferentes. A relação com outros partidos dentro do Congresso não é a mesma lógica da relação do partido com o Executivo. O PSD é independente, dá aos parlamentares a independência para se posicionar em relação aos temas que estão apresentados.
Parlamentares do partido tem indicados no governo. Não é contraditório?
Todos os partidos, por conta da história de seus parlamentares, tem participação com indicações. O MDB parece que tem muitos cargos no governo, o DEM tem muitos cargos, o PSDB tem alguns cargos, o PL, o PP. Tem uma lógica. Os cargos existem, precisa ter governabilidade.
O PSD descarta fazer parte de uma coligação com Bolsonaro em 2022?
A palavra “descartar” não é adequada para não ser agressivo. O PSD vai ter candidatura própria. Eu acho um absurdo partidos não darem prioridade sempre à candidatura própria. Não tem sentido você existir para permanentemente fazer aliança. Para quê existir o partido, se você a todo momento vai se aliar a outro?
Quais nomes o partido tem para disputar a Presidência?
Nós tomamos uma decisão de só discutir essa questão a partir de janeiro de 2022. Mas no plano pessoal eu vejo bons quadros do partido. Citaria o governador Ratinho Júnior, do Paraná, o prefeito Alexandre Kalil, de Belo Horizonte, o senador Antonio Anastasia, de Minas Gerais, o senador Otto Alencar, da Bahia, o deputado federal André de Paula (de Pernambuco), (e) o deputado federal do Mato Grosso do Sul, Fábio Trad.
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