Kopenhagen perde exclusividade da marca “Língua de Gato” em disputa com Cacau Show

A Justiça do Rio de Janeiro derrubou na segunda-feira (1º) a exclusividade da marca “Língua de Gato” da Kopenhagen em meio a uma disputa com a Allshow, uma das controladoras da Cacau Show.
Em sua decisão, a juíza Laura Bastos Carvalho afirmou que a Kopenhagen não demonstrou que, ao registrar a marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), ela era única. “Ficou comprovado que a expressão ‘língua de gato’ é de uso comum para designar chocolates em formato oblongo e achatado”, escreveu a magistrada.
No processo, a Cacau Show listou fabricantes estrangeiros que utilizam o termo e alegou que a Kopenhagen tem processado concorrentes que lançam produtos similares. A tradicional fabricante de chocolates, que comercializa o produto desde 1940, argumentou que o uso da marca “denota não a sua natureza comum ou vulgar, mas justamente a intenção parasitária de seus concorrentes em tentar associar seus produtos aos produtos da Kopenhagen”.
Além disso, a Kopenhagen afirmou que se “Língua de Gato” fosse meramente descritiva, marcas como “Baton” ou “Diamante Negro” poderiam ser usadas por concorrentes para chocolates em forma de batom ou diamantes negros.