Laboratório interrompeu negociações para custear tratamento de filha de Boechat, afirma Elio Gaspari

Da Coluna de Elio Gaspari na Folha de S.Paulo.
Completaram-se dois anos da morte do jornalista Ricardo Boechat e o laboratório Libbs, que o havia contratado para uma palestra em Campinas, interrompeu as negociações amigáveis para custear a continuidade do tratamento médico de uma das filhas que deixou, estimado entre R$ 15 mil e R$ 20 mil mensais. Enquanto viveu, Boechat arcou com essa despesa.
Boechat morreu quando caiu o helicóptero que o trazia de volta a São Paulo, depois de uma palestra no Libbs, em Campinas.
Contratualmente o transporte de Boechat era de responsabilidade do Libbs. A aeronave estava bichada e a empresa contratada não tinha autorização para fazer esse tipo de serviço.
Depois de quatro meses de negociações amigáveis, o laboratório Libbs resolveu judicializar a questão. Ele é o oitavo maior do mercado, com o slogan “empresa inspirada pela vida”.
Numa conta de padaria, uma decisão de primeiro grau poderá demorar mais de um ano. Com recursos, pode-se ir a cinco anos.
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