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Laudo aponta que Juliana Marins pediu socorro por quase 15 horas após queda

Juliana Marins, que morreu no Monte Rinjani, na Indonésia. Foto: reprodução

Testemunhas dizem que a brasileira Juliana Marins permaneceu viva e pedindo ajuda por pelo menos 14 horas após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação consta no novo laudo pericial, apresentado nesta sexta-feira (11) no Rio de Janeiro. De acordo com a família, turistas espanhóis ouviram seus gritos de socorro às 8h54 (horário local) do dia 21 de junho e alertaram parentes por meio das redes sociais.

“Recebemos uma foto inicialmente pouco clara, mas um vídeo de drone depois confirmou que era ela”, relatou a irmã da vítima. A queda inicial ocorreu por volta das 4h da manhã, e seus apelos por ajuda foram ouvidos até as 18h51 do mesmo dia, quase 15 horas depois.

Imagens exibidas na coletiva mostram o terreno extremamente íngreme onde Juliana ficou presa antes de sofrer uma segunda queda fatal. Peritos brasileiros estimam que ela pode ter sobrevivido por até 32 horas após o primeiro acidente, com base em análise de larvas encontradas em seu corpo.

“Identificamos a espécie das larvas e o tempo de postura dos ovos, o que nos permitiu determinar o óbito por volta do meio-dia de 22 de junho”, explicou o legista Reginaldo Franklin Pereira. O perito Nelson Massini detalhou a morte agonizante: “Ela teve múltiplas lesões internas e hemorragia pulmonar severa, com alvéolos cheios de sangue. Foi um processo extremamente doloroso”.