Lava Jato: ‘Mensalinho’ da Alerj movimentou ao menos R$ 54 milhões, diz procurador
De Henrique Coelho do G1 Rio.
O esquema de compra e venda de votos na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) movimentou ao menos R$ 54 milhões, segundo informou o superintendente da Polícia Federal, Ricardo Saadi. A declaração foi dada em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), após a deflagração da Operação Furna da Onça, que investiga um suposto “mensalinho” na Alerj. Os valores chegavam a R$ 900 mil.
A investida cumpriu, até as 11h, 20 de 22 mandados de prisão – dez dos quais, contra deputados estaduais fluminenses, cinco deles reeleitos. “A prisão temporária foi decretada e não será submetida à Alerj”, destacou Carlos Aguiar, do MPF.
Também foi alvo da operação o secretário estadual de Governo, Affonso Monnerat, apontado como o canal entre Alerj e Palácio Guanabara. Estão foragidos o presidente do Detran, Leonardo Jacob, e seu antecessor, Vinícius Farah, em cujas gestões, segundo a força-tarefa, lotearam-se cargos como parte das vantagens indevidas.
Alguns dos alvos são:
- Affonso Monnerat, secretário estadual de Governo, preso;
- André Correa (DEM), deputado estadual reeleito e ex-secretário estadual de Meio Ambiente, preso;
- Chiquinho da Mangueira (PSC), deputado estadual reeleito e presidente da escola de samba, preso;
- Coronel Jairo (MDB), deputado estadual não reeleito, preso;
- Edson Albertassi (MDB), deputado afastado – já preso em Bangu;
- Jorge Picciani (MDB), deputado afastado – já em prisão domiciliar;
- Leonardo Jacob, presidente do Detran, foragido;
- Luiz Martins (PDT), deputado estadual reeleito, preso;
- Marcelo Simão (PP), deputado estadual não reeleito, preso;
- Marcos Abrahão (Avante), deputado estadual reeleito, preso;
- Marcus Vinícius Neskau (PTB), deputado estadual reeleito, preso;
- Paulo Melo (MDB), deputado afastado – já preso em Bangu;
- Vinícius Farah (MDB), ex-presidente do Detran, eleito deputado federal, foragido.
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