O jornalista brasiguaio Lourenço Veras, o Leo, 52 anos de idade, aprofundava suas investigações jornalísticas e isso incomodava o crime organizado. A afirmação é de outro repórter da fronteira, Santiago Benítez. Leo Veras foi executado por três pistoleiros com pelo menos 12 tiros na noite de ontem em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
Ao jornal La Nación, Benítez afirmou que Leo Veras sempre mencionava ameaças, como o próprio jornalista havia dito em 2017 e no mês passado, em entrevistas. “Ele aprofundava suas investigações jornalísticas e isso incomodava os mafiosos, por isso o mataram. Sempre falava em ameaças, mas na fronteira só se acredita depois que acontece”, disse Santiago Benítez.
A mulher de Leo Veras, Cinthia González, em entrevista nesta manhã à Rádio ABC Cardinal, disse não ter conhecimento das supostas ameaças ao jornalista. Ela também rebateu declarações do promotor de Justiça Marco Amarilla de que Leo andava preocupado, tenso, e que teria “praticamente se despedido da família”.
“Nunca me disse nada, sempre estava tranquilo, em nenhum momento o senti com medo. Que eu saiba, não recebeu nenhuma ameaça, estava trabalhando normalmente”, afirmou ela.
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