Letícia Spiller pede desculpas a Dani Calabresa e diz que se referia ao Melhem que conheceu na adolescência
A atriz Leticia Spiller foi às redes sociais nesta quarta (09) esclarecer a polêmica gerada em torno de sua suposta defesa de Marcius Melhem, acusado de assédio moral e sexual por funcionárias da Rede Globo, entre elas a humorista e atriz Dani Calabresa.
Em entrevista ao ao canal de YouTube Programa Reclame, Leticia disse que Melhem não foi o único homem em posição de poder que importunou mulheres na emissora, mas virou “o mártir da situação”. Disse ainda que o conhece como uma pessoa “querida” e de “bom coração”.
Após as declarações repercutirem negativamente, a atriz publicou stories no Instagram em que pede desculpas a Dani Calabresa.
[Parte 2] pic.twitter.com/REh8XMUqd8
— Dan Pimpão ?️? (@PimpaoDan) December 10, 2020
Além do vídeo nos stories, Letícia Spiller tbm postou essa foto de Dani Calabresa com um texto se explicando e pedindo perdão. pic.twitter.com/HkwlcVwAnm
— Dan Pimpão ?️? (@PimpaoDan) December 10, 2020
Leticia também reiterou o pedido de desculpas no texto abaixo publicado em seu perfil com a foto de Dani Calabresa:
Gente, preciso vir aqui conversar com vcs. Ontem concedi uma entrevista a uma rádio e preciso esclarecer algumas coisas que são muito graves para mim. Em nenhum momento da minha vida eu apoiei ou apoiaria alguém que cometa atos de assédio, de abuso. E, na dúvida, o meu instinto me leva a acreditar na palavra da vítima, logo de cara. Especialmente se for uma mulher.
Eu acredito e pratico o pensamento de que toda e qualquer vítima precisar ser ouvida, acolhida e respeitada.
Jamais atacaria Dani Calabresa. Jamais colocaria em dúvida os seus relatos, o que ela passou. Se, por algum momento deixei essa impressão, preciso me desculpar! E estou aqui pedindo DESCULPAS. Desculpas ao público que me acompanha, aos meus colegas de trabalhos, às mulheres, às pessoas que passaram por casos de abuso ou assédio. Desculpas à Dani e a todos os envolvidos neste caso, em especial. Eu preciso me expressar aqui de uma maneira que deixe claro o meu posicionamento em relação a esse assunto. E é isso que estou fazendo neste momento.
A gente nunca sabe como vai reagir em determinadas situações extremas. Durante a entrevista, eu disse como eu achava que talvez pudesse me comportar. Mas cada um tem seus motivos e seu tempo para se manter calado ou denunciar. E isso não tira – ou não deve tirar – a culpa de seu agressor.
Sobre o meu comentário em relação a Marcius Melhem, eu o conheci na adolescência. É sobre aquele Marcius que falei. Não temos contato há anos. Assim como muitas pessoas ficaram chocadas com esses relatos, porque são de revirar o estômago, eu também fiquei. E eu espero que todos tenham ficado também, porque são situações de muito sofrimento para as vítimas. E isso tudo só reforça uma dura realidade. O que a gente mais escuta é que agressor não tem cara, não tem rótulo. Aquela pessoa que está ao seu lado, bem-humorada e educada, com sorriso largo e boa conversa, pode ser a pessoa que está fazendo da vida de alguém um inferno. Por isso também que as vítimas se sentem acuadas e com medo de fazer as denúncias. Mais do que nunca, quem está do lado de fora, precisa lutar e criar uma rede de apoio para que as vítimas se fortaleçam, se encorajem. Isso afirmo e reitero.