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“Levei um tiro por R$ 4”, diz atendente do McDonald’s

"Levei um tiro por R$ 4", diz atendente do McDonald's
Bombeiro Paulo César de Souza de ALbuquerque, autor do tiro
Foto: Reprodução

Na noite do dia 09 de março, o funcionário da rede McDonalds´s Mateus Carvalho, de 21 anos, acabou levando um tiro por discutir com cliente Paulo César de Souza de Albuquerque, que por ser bombeiro, possuía uma arma. O caso aconteceu em Taquara, na zona oeste do Rio de Janeiro. Mateus afirmou que o homem que efetivou os disparos por um motivo muito “fútil”, já que a confusão aconteceu apenas por causa de um cupom.

Sobre o momento, Mateus disse que, após a finalização da compra, Paulo pediu que o desconto fosse aplicado, porém, quando ele explicou que o cupom só poderia ser liberado por um gerente, foi ai que o cliente se estressou, tentou brigar com ele, e em seguida atirou.

“Estou falando com o senhor, foi o que respondi a ele. Ele me deu um tapa na cara, eu revidei e não vi para onde ele foi. Não sei como ele entrou [no restaurante], porque estava tudo fechado”, contou.

“Ele veio andando com as mãos livres, perguntou se eu sabia com quem estava falando, respondi de novo: estou falando com o senhor. Ele me deu outro tapa, revidei de novo. Nisso, ele sacou a arma e eu caí. Ele guardou a arma e saiu como se nada tivesse acontecido. Foi muito fútil, se ele esperasse uns minutos eu bateria o cupom. Eu levei um tiro por R$ 4, o desconto ia dar algo assim.”

Após o tiro, Mateus foi levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. De acordo com familiares, ele precisou remover o rim esquerdo e parte do intestino.

“Não tenho condição de viver sozinho, não consigo ir ao banheiro sozinho. Não machucou só o meu corpo, leva tempo para curar. Ainda vai doer muito”, lamentou Mateus.

O McDonald’s disse que está prestando apoio ao funcionário.  Já em nota, o Corpo de Bombeiros (CBMERJ) informou que o militar responderá civilmente pelos seus atos na Justiça comum.

O comandante-geral, coronel Leandro Monteiro, determinou a suspensão imediata do porte e posse de armas do militar, além da instauração de um inquérito policial militar para apurar a conduta do profissional e a abertura de um conselho disciplinar.

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